Manuel Wiborg

1968

Biografia

Nasceu em Lisboa em 1968. Encenador, produtor, actor, cantor, tradutor, autor, leitor de poesia.

Frequentou os cursos de Teatro (Conservatório Nacional) e de Filosofia da Cultura (Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa).

Como actor fez parte das companhias Artistas Unidos e Teatro da Malaposta. Trabalhou para o Teatro Aberto, Teatro Municipal de Almada, Teatro Nacional D. Maria II, Centro Cultural de Belém, Culturgest, entre muitos outros.

Trabalhou com os encenadores Jean Jourdheuil, Jorge Silva Melo, Rogério de Carvalho, Artur Ramos, José Peixoto, entre outros, interpretando autores como Brecht, Shakespeare, Heiner Muller, Ésquilo, Henry Miller, Joyce Carol Oates, entre muitos outros.

No cinema, fez filmes de Jorge Silva Melo, Manuel Mozos, Jacinto Lucas Pires, António da Cunha Teles, Jorge Queiroga, Raúl Ruiz, Zézé Gamboa entre outros. Em 1992 recebeu o prémio de Melhor actor no Festival Internacional de Cinema de Dunquerque pela interpretação no filme “Coitado do Jorge” de Jorge Silva Melo. Trabalha desde 1991 regularmente em televisão. Participou na série “Conta-me Como Foi” para a RTP 1 que em 2010 recebeu o Prémio SPA, e na série “Três Mulheres”, da RTP1.

Foi fundador da companhia de Teatro Actores Produtores Associados apoiada pela Dgartes, que dirigiu entre 1998 e 2008 e onde levou à cena peças de Jacinto Lucas Pires, Gonçalo M. Tavares, José Maria Vieira Mendes, Ruy Duarte de Carvalho, encenando também peças de Melville, Dostoievsky, Strindberg, Ibsen, Pinter, Anthony Burgess, Jon Fosse, Sarah Kane, entre outros. Em 2001 ganhou o Prémio Revelação Ribeiro da Fonte atribuído pelo Ministério da Cultura pela encenação da peça “As Regras da Atracção” de Bret Easton Ellis.

É autor da peça de Teatro “O Amante de Ninguém” (a partir de Dostoievsky) publicada na Cotovia. Foi narrador de “Do Mito à Música” (a partir de “As Metamorfoses de Ovídio” com a Tafelmusik Baroque Orchestra – Canadá (CCB) e de “Pedro e o Lobo” de Prokofiev com a
Orquestra Luso-Francesa (CCB/Festa da Música e CREA/La Folle Journé d`Ivan Ilitch – narrado em língua francesa).

Gravou o CD de Poesias de Julian Tuwin em Portugal e no Brasil com direção artística e produção de Agnieszka Drewno e direcção de som de Alonso Cano. Fundou em 2014 a Associação Cultural e Artística – Teatro do Interior, que dirige desde então e que se rege pelos seguintes objetivos programáticos e estratégicos:

  1. Instalar uma companhia profissional na região do Pinhal Interior Norte, com o objetivo de dar formação nas várias artes às comunidades locais e associações amadoras locais, no sentido de criar objetos culturais e artísticos que reflitam sobre as realidades sociais, culturais, económicas e políticas daquela região, com a participação dos artistas e comunidades locais. Procura-se desta forma corrigir assimetrias de ofertas, práticas e fruição culturais de forma a promover e profissionalizar a oferta cultural e artística, criada e produzida naquela região do Centro do País.
  2. Apresentação de espetáculos com baixo custo e de fácil transporte e montagem em circulação internacional, para as comunidades portuguesas na diáspora, lusodescendentes e estudantes estrangeiros de língua portuguesa.

Tem sido ao longo de toda a sua carreira um leitor público de poesia tendo nos últimos meses colaborado com a companhia Artistas Unidos na leitura pública de poetas como Gomes Leal, Cesário Verde, Antero de Quental, Alexandre O`Neil, Camões, Sophia de Mello Breyner, Natália Correia, David Mourão Ferreira, entre muitos outros.

Projetos recentes

  • 2022 – Causa Própria (RTP)
  • 2021 – Terra Brava (SIC)
  • 2019 – Genesis 22, de José Edgar Feldman
  • 2019 – António Borges Coelho, a Estória do Historiador do Povo, de João Ramos de Almeida
  • 2019 – Linhas Tortas, de Rita Nunes
  • 2018 – Valor da Vida (TVI)
  • 2018 – Três Mulheres (RTP)
  • 2017 – O Sábio (RTP)
  • 2017 – A Impostora (TVI)
  • 2016 – A Única Mulher (TVI)
  • 2016 – Stefan Zweig: Adeus, Europa, de Maria Schrader

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